quinta-feira, 20 de maio de 2010

Noite Profana

A noite cai com ela desejos profanos
Quero te em minha cama
Quero te mostrar quem te ama

Por entre tuas pernas o paraíso se arreganha
Logo mais desejo se ganha
Inicia se a tua manha

Entre gemidos e zumbidos
Suspiros e gritos
Impetuosas garras me arranham

Do lombo tira me sangue...
O sangue que em ti escorre é branco
Pecaminosos movimentos vida ganham

O cheiro de desejo paira
Volúpia, deleite
Desejo egoísta de prazer
Confunde-se em ira

Teu gosto quero sentir
Teu gemido quero ouvir
Como criança sedenta
Clamo teus seios
Teu paraíso eu anseio

Blasfêmia desferida
Gritos de prazer e dor
Um suspiro a cada ferida

Quando finalmente chega nos à ânsia
Assim como a de um cardíaco
Paixão sem pudor
Provo o teu sabor

No fim do crepúsculo
Sente se apenas o calor
Dois corpos entregues ao niilismo
Duas almas em copulo

Com a aurora
Vem a hora
Da partida, ir embora
Digamos que nos vamos em boa hora
Logo, logo sem demora...

Pois lá vem mais um crepúsculo
Que consigo traz a noite de desejos
Carnais e profanos...

Meu corpo Clama o teu
...Teu nome... Teu nome...
Venha logo, não suporto mais essa demora...

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