Frida Kahlo |
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Natimorto
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Caminho sem volta
Um logo caminho já percorri
Longo ainda será o caminho a percorrer
Por muitas lutas já passei
Ate então vitorioso sou;
Sofrimento e dor
Perda e perdão
Meu escudo quebrado já abandonei
Minha espada manchada com o sangue do tempo
Ainda arrasto
Armadura trincada;
Exausto, exaurido
Continuo a caminhar
Continuo a Lutar
Solitário;
Olho para o céu e vejo algo mais
Olho para terra vejo um erro
Olho para o horizonte uma solução;
Aspiro esperança
Espiro desconfiança
O que espera me na próxima curva?
O silêncio que nos traz a felicidade
Também nos traz a sensação de abandono
O Anjo que nos guia
Também nos traz os testes da vida
Aquilo que nos da a vida
Também nos tira.
domingo, 1 de agosto de 2010
Ser Feliz
Saber ser feliz é viver a vida e aceitar as dificuldades
Ser feliz é acordar e saber que tem mais um dia pela frente
Ser feliz é saber que tem alguém que sempre lembra se da gente
Felicidade é ter você em minha mente
Felicidade é poder conversar com você de forma freqüente
Sou feliz por estar aqui
Sou feliz por estar com você.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Veja...
Seguindo esse caminho chamado vida
Encontra se um portão
Caminho de apenas ida
...A eternidade da morte
O silencio do descanso
A carne que sangra ao receber o corte
A pele perfurada pelo Aço
...A luz que se afasta
A figura faceira
A dor da vida não basta
Dos olhos em pranto cai areia
...Almas vagam sem rumo
Corpos em decomposição
Tudo é tomado pelo humo
Triste situação
...A vida não é o inicio
...A morte não é o fim
Apenas Veja
Apenas Seja
Apenas Viva...
terça-feira, 22 de junho de 2010
Resgate
Sem sentir o inferno
Reaprendi a sonhar
Abandonei esse ermo;
Das águas puras
Que nos traz a paz
Senti a leveza de teu espírito que em meu coração urra
Nos faz capaz;
Luz que leva me ao limbo
Frondosa arvore de aconchegante sombra
Finalmente repouso em meu imo
Longe de todo aquele limo...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Amor e Loucura
No Inferno então estive
Do inferno vós me tirastes
Das chamas ardentes eu provei
A pureza das águas eu aclamei
Em teus olhos o caminho encontrei;
Em teu lábios a sanidade perdi...
Do inferno vós me tirastes
Para a loucura me atirastes.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Barulho Da Carroça
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa ?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi :
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia ..
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos ?
- Ora, respondeu meu pai, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho, quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz!
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, insultando,
gritando na tentativa de intimidar, tratando o próximo com grossura inoportuna,
prepotência, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar
que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir o meu pai dizendo :
...Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz ! ...
(autor desconhecido)
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Eu, meu algoz
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Incongruência
A penumbra toma conta
O calor de antes agora esfria
A desolação me encontra
A esperança se esvai
Minha luz se vai
Lutar
Sofrer...
Talvez vencer...
Estrela cadente
Que risca o manto escuro
Cai ao oriente
Em busca das respostas do obscuro
Meu olhar ascendente
Fixo no céu eu procuro
Aqui do ocidente
O valor maior que ouro
Minha alma fermente
Corpo impuro
Minha estrela do oriente
Oh! Distancia, Oh! Lamurio!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Rutilante penumbra
Rutilante presença no vale das sombras
Caminha ausente
Tortuosas trilhas
Vultos o vê é zombam
Oh! Guerreira das ilhas
Luz
É teu caminho
Sombras é o teu fascínio
Luz e Sombra
A luz ama a sombra
A sombra não vive sem a luz...
Anacoreta
Não mais me aquece;
A mão que me afaga
Não mais ao meu lado permanece;
Solidão
Perdão
Desolação...
Taciturno Destino
O grito do viver
O suspiro do morrer
A beleza da aurora
A força do passar da hora
A taciturnidade do poente
O pranto do poeta
O canto da poetisa
O amor do desamado
...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Decisão
O tempo é pai
Com a mesma mão que nos maltrata
Nos afaga
A saudade é mãe
Com a mesma mão que nos afasta
Nos apaixona
A distancia é ciência
Da mesma forma que nos mata
Nos ata
Essa é minha sina
A sina do apaixonado
Amar sem ser amado
Essa é minha historia
A historia do condenado
Pela liberdade fui enganado
Essa é minha luz
Essa que não mais reluz
Agora são as trevas que me conduz
Tu és meu céu
Tu és meu anjo
Com tua lança me atravessa
Oh!... Por que isso Arcanjo?
A quem não mais suporta esperar
Tende a caminhar
A quem não mais suporta sofrer
Tende a entender
A quem não tem mais quem amar
Tende a esquecer...Noite Profana
Quero te em minha cama
Quero te mostrar quem te ama
Por entre tuas pernas o paraíso se arreganha
Logo mais desejo se ganha
Inicia se a tua manha
Entre gemidos e zumbidos
Suspiros e gritos
Impetuosas garras me arranham
Do lombo tira me sangue...
O sangue que em ti escorre é branco
Pecaminosos movimentos vida ganham
O cheiro de desejo paira
Volúpia, deleite
Desejo egoísta de prazer
Confunde-se em ira
Teu gosto quero sentir
Teu gemido quero ouvir
Como criança sedenta
Clamo teus seios
Teu paraíso eu anseio
Blasfêmia desferida
Gritos de prazer e dor
Um suspiro a cada ferida
Quando finalmente chega nos à ânsia
Assim como a de um cardíaco
Paixão sem pudor
Provo o teu sabor
No fim do crepúsculo
Sente se apenas o calor
Dois corpos entregues ao niilismo
Duas almas em copulo
Com a aurora
Vem a hora
Da partida, ir embora
Digamos que nos vamos em boa hora
Logo, logo sem demora...
Pois lá vem mais um crepúsculo
Que consigo traz a noite de desejos
Carnais e profanos...
Meu corpo Clama o teu
...Teu nome... Teu nome...
Venha logo, não suporto mais essa demora...
Criatura
Quem és tu?
Criatura malvina
Que vem me atormentar,
Quem és tu?
Criatura que faz me delirar
Com tua estonteante beleza
Me encantar,
Quem és tu?
Criatura que com minha loucura se diverte
Com meu desespero engrandece,
Criatura de antíteses;
Minha paixão de outrora,
Meu martírio de agora,
Mas saiba tu criatura,
Que tua beleza há de esvaece,
Tua sedosa pele murchar,
Teus longos cachos esvaírem,
Tua carne a terra comera,
Teus ossos os vermes iram limpar,
Tua memória prevalecera,
E teu feito lembrado será;
Quem és tu criatura?
Tu és quem por toda eternidade
Eu irei amar,
Por toda minha vida odiar;
Em meu leito de morte
Irei lhe chamar
Irei lhe amaldiçoar
Quem és tu criatura?
Que tu queres de mim criatura?
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Estações
Ahhh! Final de Abril...
Outono...
Folhas e Flores ao chão...
Uma paisagem desoladora
Galhos e arvores secas.
A chuva fria o vento gelado
Céu cinzento, taciturno...
A Terra descansa assim como nossa alma
Para o Inverno a Terra vai
Para onde nossa alma ira?
Em fim a primavera o renascer...
Pássaros e flores
Bosques verdejantes, vida...
Agora estamos no Outono, aqui o frescor da chuva une se com o clima desolador,
Dias sem sol noites sem lua,
Penumbra, trevas total...
O soturno
Mesmo mantendo me em silêncio estou aqui a contemplar lhe,
Distancia que fere...
Mesmo em teu silêncio continuo a observar lhe,
Saudade amarga...
Teus olhos, teu sorriso me afaga
pondero meus pensamentos...
Entre palavras e poemas, gestos e carinhos
Minha mentem vaga...
Deleite, volúpia, desejos da carne
Presença obscura...
Entre meus sonhos acordado,
Em minha alma
Estou nessa eterna procura...
Eu ser, criatura
mente e carne impura...
Em tua luz que perdura
Aconchego me e procuro a cura...
Virtual Vida
No aconchego da fria noite de graus negativos
Encontro me solitário a aquecer me
De pensamentos efêmeros, hediondos
Deleitar me com uma cuia de mate quente
Pois o vinho não mais me aquece
Das velhas trovas contidas em minha mente
Todas agora a ti faz menção
Da imaginação à realidade
As tuas palavras entram em contradição
Realidade ou ficção?
Como posso amar alguém com quem nunca estive?
Como posso sentir falta do que nunca tive?
Agora penso como seria ter você aqui!
Sentir teu sangue no meu coração.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Flarte
Palavras medidas
Seres encantados
Não se diz mais adeus nas despedidas;
Convite feito
Flerte lançado
Dança aceita
Almas apaziguadas;
Tua boca encontra à minha
Minha mão teu seio
Tu fazes manha
Palco armado para o nosso devaneio;
Luxúria, apego
Volúpia, deleite
Teu calor fortalece meu ego
Quero provar da tua essência teu leite;
Nossas faces se encontrão
Nossos corpos se misturam
Semear em ti meu grão
De ti ouço os seres de desejos que urram;
Fogo, Paixão
Amor, Solidão
Desprezo, compaixão
Ódio no coração...
Sombras do tempo
Separados pela distancia
Distanciados pelo tempo
Taciturno, obscuro
Cada vez mais meu eu se encontra
Nessa solidão que se desponta
Tenho apenas tu que me é anódina
Que me é paliativo
Tua distancia deixa me nas sombras da escuridão
No fundo do abismo
Preciso da tua feição
De tua mão
Não me olhe com esse semblante
Quero que atenue a escuridão que ofusca nossa luz
Volte para mim com esse rutilante olhar
Deslumbrante sorriso
Tu que és Lua e sol
Rio e mar
A força do amar.
Omnipresente
O vento que acaricia teu rosto sou eu;
O som que cochicha em teus ouvidos sou eu;
O ar que tu respira sou eu;
Sou o que te rodeia;
Sou o que te alimenta;
Mas és tu que me da vida;
És tu que me ilumina
Simbiose perfeita!
Nuvens
Minha imaginação caminha
Imaginação ou alucinação?
Busco o perdido em minha mente
Procuro o pela luz que guia me
Embriago me no lírio de teu olhar
Convulsão, confusão
Minha alma procura a fusão dos corpos
Em teus lábios encontro à cura
Ah! Teu ar menina, moça
Mais pura
Em teus cabelos à vida
Retração, distração
Foges de mim
Oculta se de mim
Desconhecida, obscura
Somos almas Inerente
Paixão inconseqüente
Separados vagamente
Busco lhe novamente.
Olhar dos mortos
Por fendas obscuras
Em uma noite de verão
Em que veio te as chuvas
Mantendo lhe em cárcere de solidão
Nessa ventania tortuosa
Sigo a trilha do coração
Trilha tenebrosa
Onde não se escuta mais as oração
Tenho o vislumbre de uma menina
Em que sinto o odor de absinto
Em tuas palavras há rima
A morte logo se aproxima
Capuz e violino
Navega nesse rio imundo
Da morte toca o hino
O barqueiro do sub-mundo.